sábado, 28 de fevereiro de 2009

A revisão dos Estatutos

A revisão dos estatutos estava longe de ser uma necessidade.

Precisariam, quando muito, de uns retoques.

Era bom que os estatutos fossem o nosso problema. Não são. Há muitos outros que se lhe sobrepõem.

A que tem servido isto? A feira de vaidades, a descarga de recalques e frustrações, a demagogia barata.

Depois, é totalmente absurdo que pessoas reunidas não se sabe como em sucessivas AG's se ponham a legislar (!!!) ao sabor de caprichos, sem a mais pequenna visão de conjunto.

O mal está feito. Que se despache quanto antes, para esquecer, e com o mínimo de danos possível.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Fernando Sequeira

Claro que não tem a culpa de muitas coisas, mas não dá para entender Fernando Sequeira. Incrível, mas conseguiu fazer pior que o 2º mandato de Sequeira Nunes, conseguiu fazer pior que Cabral Ferreira.


S.N., ao menos, serviu longamente o Belenenses. C.F., ao menos, era persistente.


Quanto a Fernando Sequeira, será que nem ao de leve a consciência o acusa?

Eu nunca o insultei nem ameacei, sou sócio, e nem a uma explicação tenho direito?


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Temos viabilidade?

Estamos no país que estamos, sempre de grandes maiorias. O bloco central costuma ter cerca de 80% dos votos. Não estou nem deixo de estar contra o centrão, mas constato que o voto segue no sentido Maria vai com as outras. Somos um país em que quase toda a gente diz ser ou se julga ser católica, embora não saibam o que isso signifique e implicou (se soubessem, talvez estarrecessem), e o seu entendimento em religiões leve a julgar, como um consócio nosso, que "o deus dos indianos é uma vaca"!!!!!!! Em Portugal a CS é servil ao máximo a tudo o que é poder, e os seus profissionais são notavelmente ignorantes.

O tempo e a decadência do Belenenses fez-nos ficar em Lisboa como 3º clube, já distante do 2º e do 1º. Existimos em todo o país, mas em quase todo o país somos poucos, isolados, perdidos, sem nenhum esforço de agregação (teria que partir do próprio clube). Até as nossas filiais deixámos, na maioria dos casos, colonizar. Casas, núcleos e tertúlias foram encerrando. Mesmo nas zonas onde ainda conservamos grande implantação, como Ajuda-Belém-Caramão-Rio Seco, Algés-Dafundo-Linda-a-Velha-Paço d'Arcos, Almada-Caparica-Trafaria... o imobilismo instalou-se.

Temos que resistir financeira e desportivamente, mas estes aspectos capitularão se se perder a esperança de sermos uma força humana viva. Tratar das pernas é importante, mas só se o coração resistir, se me faço entender com esta imagem.

Essa esperança é mínima. A nossa massa adepta restante é inculta (falo em particular de cultura de clube, entenda-se), não tem nenhum sentido de estratégia, só se preocupa com minudências e quase sempre faz o que não deve e não faz o que deve.

Já não sei o que é pior, se as ausências se as más presenças.

Aprecio uma postura combativa mas não vale a pena a arruaça estéril.

Temos que passar mensagens claras e certeiras para o exterior. Não as passamos. O clube não tem nenhuma, mas mesmo nenhuma, política de comunicação ou de imagem. Ou se tem, é tão má, porque mais valia não ter. Prefiro pensar que não tem. Os sócios resistentes não estão para aí voltados. A claque, Fúria Azul, sejamos justos, é o único reduto nesse campo, e acaba por ser a nossa única bandeira em muitos casos, mas também está despovoada, e muitas vezes as frases são sobre assuntos entre claques e não sobre o orgulho do Belenenses.

Esse orgulho teria que ser:

1) Por cima. A conversa do pequenino, do somos poucos mas bons (bons?!), é de riscar, só nos faz mal.
2) Com alvos bem escolhidos. Nada de Mateus, de guerrinhas com o Gil Vicente, ou mesmo com o Boavista, ou com o Desportivo não sei de quê. Isso só nos diminui.

3) Inteligente, ou seja: os nossos adversários são o Benfica e o Sporting, que são basicamente amiguinhos, aliados e a mesma coisa, porque precisam um do outro (isso é bem visível nas conversas de almoço dos grupos mistos Benfca-Sporting: como se entendem!). Nós resistimos a essa unidade bipolar mas estamos independentes do Porto, a questão nem se deve colocar. Entre o benfica-sportinguismo e o clube mais representativo do Porto, nós somos uma 3ª via nacional, porque o resto são clubes de região, cidade ou vila.

Só assim voltaríamos a ser diferentes. Hoje por hoje, não temos nenhum carácter distintivo, e o passado glorioso cada vez rende menos juros.

Temos pouco tempo para inverter o rumo, e inverter o rumo não se faz com slogans de modernidade que não têm qualquer substância.

Não tenho a ilusão de ser entendido. As excepções serão poucas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Os viscondes calimeros

O Sporting é um clube que às vezes me irrita.

Com a mania que são diferentes, o seu único carácter distintivo é o snobismo parvo, o empepinanço com pretenso estilo. Quem tem a mania, é geralmente do Sporting (incluindo, claro, as miúdas com pretensões a "giras" e as vamps serôdias). No entanto, é banal, tanto como os seus comparsas, vizinhos e amigos da 2ª circular.

Queixam-se não sei de quê. Uma das suas taras é a arbitragem, embora tenham estado sempre entre os 2/3 clubes mais beneficiados.


No último jogo do Restelo, o golo do Belenenses é em posição duvidosa. Duvidosa, repito. Talvez seja fora de jogo. Talvez não seja. O que não foi duvidosa foi a agressão ao Diakité. O jogador leonino devia ter sido expulso. E não foi.

Do primeiro caso, falou-se. Do segundo, não. A habitual dualidade de critérios. Fala-se do que interessa, repetem-se as imagens que interessa, e os 3 marmanjos até chegam a ter a ilusão de ser prejudicados.

Ora bem, ainda que o nosso golo fosse anulado, chegar-se-ia com 0-0 à agressão ao Diakité. Se a justa expulsão tivesse tido lugar, jogaríamos 25m com um jogador a mais. Dificilmente perderíamos e até poderíamos ter ganho. Quem, se não o Belenenses, jamais o Sporting, foi prejudicado?

Já na 1ª volta, o Postiga fez um golo em fora de jogo, esse cclaríssimo, e estava em campo depois de uma agressão que lhe deveria ter dado a expulsão. Disso, e de tantos casos, como o 2-2 em Alvalade em que nos expulsaram 4 jogadores e inventaram um penalty, não falam os ilustres titulares calimeros.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Mudar é difícil

Remeto para o primeiro post que aqui publiquei.

A ideia de que um simples treinador, Jaime Pacheco ou outro, consiga sozinho dar a volta a um clube, em contramão com costumes instalados, com a bananice de adeptos, dirigentes, funcionários intermédios e incultura futebolística de 20 anos, é irrealista.



Nós só somos ferozes uns contra os outros.

Até naquilo que preferem falar, dizer, ler (blogs, até), comentar, etc, há muita bananice o indefinição. Ideias claras, nenhuma. Horizontes, muito curtos. Quezílias e vaidades pessoais, muitas.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

VOU-NÃO-VOU NO SÁBADO

Vou no sábado ao Belenenses - Sporting, porque tenho obrigação de ir, para não contribuir para nos expormos mais ao ridículo da distância entre o que fomos e o que somos. Nós somos o clube em que inventou um novo conceito: "Fico a apoiar pela televisão" (ou pela net). Admirável! As equipas adversárias estremecem com o apoio televisivo-internáutico destes so-called belenenses, enquanto a nossa equipa ganha asas para a vitória.


Também vou, porque ainda me dá algum gozo o que resta da rivalidade. Já está muito esbatida. Foi em tempos um jogo de iguais. Teve depois o sabor de um clube que ainda se lembrava do que tinha sido e que nestes jogos reafirmava a sua identidade clubística e a esperança de voltar ao topo. Hoje, lixaram isto tudo. Só oiço dizer que somos pequenos. E, segundo eles, a piada está em de vez em quando até ganharmos aos "grandes". Para mim, esse conceito não tem piada nenhuma. Em mim, o Belenenses nunca será pequeno, mesmo que tenha que deixar de o ir ver, por já não restar nada.

Gosto muito de Andebol. Deu-me muitas alegrias no Belenenses. Mas não sei se vou ao jogo europeu. O mais certo não ir. Não suporto esta indiferença. E não conseguirei evitar ouvir os comentários enfastiados cá fora: "que se lixe esta merda"! "Vamos perder por muitos e ainda bem, para ver se acaba esta taça não sei quê, que não nos interessa nada".

Esta malta tira a graça a tudo o que já a teve.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O jogo de ontem

Foi dentro do que eu esperava.

Se bem que quando marcámos, cheguei a ficar convencido de que podíamos ganhar. Mas logo depois pensei que ainda era muito cedo. E assim foi.

É triste dizer isto mas o resultado foi razoável, tendo em conta a crise em que estamos, tendo em conta que o Belenenses está cada vez mais distante de si mesmo. Perder teria sido desastroso.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Falta de pontas de lança

Que idade negra em que estamos! Ficará para outro dia o tema das AG's dos estatutos, com base no que vi e no que me contaram. Por hoje: sem vergonha nenhuma, mais parecendo os estarolas, o sr. administrador do site oficial de «os Belenenses» pôs no seu blog, só nele, como se fosse veículo oficioso do clube:

«Por motivo de o Site Oficial se encontrar em manutenção, deixamos aqui a lista de convocados para o jogo de amanhã frente aos Paços de Ferreira a realizar no Estádio da Mata Real, Paços de Ferreira pelas 19h45, a contar para a 17ª jornada da Liga Sagres. Este jogo será dirigido por Lucilio Batista da AF de Setúbal.

Para o referido encontro e após o treino matinal, Jaime Pacheco convocou os seguintes 19 jogadores:

Guarda redes: Júlio César e Assis.
Defesas: Cândido Costa, Ávalos, Kiko, Rodrigo Arroz, Carciano, Tininho e China.
Médios: Diakité, Gabriel Gomez, Mano, Silas, Vinicius e José Pedro.
Avançados: Wender, Saulo, Marcelo e Roncatto».

Vinicius recuperou, ainda bem, Gabriel Gomez regressou, Maikon, Baiano e Porta ficaram fora por lesões, ao que parece (Maikon é certo).


Temos apenas um ponta de lança. Outros jogadores podem ser de cariz atacante mas não são pontas de lança. Parece-me que temos aí um problema.

É claro que há muitos maneiras de jogar e marcar golos. E ganhar pode começar por não sofrer golos.

Que seja assim para amanhã! Era tão bom ganhar! Mas devo dizer que estou nervoso e que prevejo difícil um resultado melhor que o empate. Vá, surpreendam-me pela positiva!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Um soneto de Florbela Espanca que podia ser sobre o Belenenses

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Vexames

A maneira como mais uma vez o Belenenses foi tratado pela Liga e pela Federação é perfeitamente vexatória.
Não que nos espante, porque o Belenenses deixou-se afundar, não tem nenhum peso nas instâncias dirigentes, tem sócios amorfos e indiferentes, tem tido responsáveis incapazes de um rasgo, e vai pagar durante muitos anos a inadequação do Engº Cabral Ferreira, que levou à necessidade do caso Mateus, com tudo o que implicou de deterioração radical da imagem do clube.



Por estes dias, sofremos da RTP uma tratamento de puro achincalhamento e humilhação. Se no caso Taça da Liga ainda estrebuchamos, neste da RTP a massa associativa do Belenenses encolheu os ombros, com o argumento autista de que "não vejo isso" (se eu não vir as derrotas, elas não existem?). A tal questão de que a imagem não interessa...

Mas já nem tempos massa associativa. Temos um grupo de inimigos e amigos...

A propósito de amigos, o administrador do site oficial, que usa essa posição para promover o seu espaço bloguístico, usando este como sefosse espaço oficial, anunciou no seu blog um simpósio do Belenenses, afirmando que o fazia por impossibilidade técnica do site oficial, mandando no entanto a informação para todo os espaços do Belenenses na net.

Não recebemos cá nada...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Tristeza!

No Belenenses de hoje, e de há já uns bons anos, a memória é curta, a ignorância é muita, a vergonha é pouca, a ambição nenhuma.

Perante isto, a grande polémica sobre o Conselho Geral, posto como autêntico loup garou, é perfeitamente ridícula.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O jogo de ontem

Tenho uma grande desconfiança dos adeptos do Belenenses que vêm no F.C.Porto o grande adversário/"inimigo", em vez do Benfica e do Sporting (dos que transferem as rivalidades para outros clubes menores, é melhor nem falar). Retirando a excepção dos que vivem na zona do Porto, isso quase sempre quer dizer duas coisas: ou que têm uma costela da 2ª circular ou que, nas rodas de amigos e colegas já se renderam, e aceitam fazer o papel simpático-pateta do parente pobre de uma coligação anti-tripeira.

Para mim, azul é o Belenenses e nem digo que é sem riscas, porque é o único azul. Os portistas são azuis e brancos ou brancos e azuis, coisa diferente. No entanto, é verdade que as cores do Belenenses e do F.C.Porto não se distinguem muito nas bancadas, o que, para mim, que olho com tanto ou mais interesse as bancadas que o relvado (portanto, sempre desiludido...), ajuda a que nunca tivesse neste clássico um jogo de emoções ao nível dos duelos com os clubes da 2ª circular. Finalmente, nunca vi os adeptos portistas fazerem nas bancadas as cenas absolutamente canalhas que várias vezes já vi fazer aos pretensos amigos de Lisboa. Há quem não tenha memória ou dignidade. Eu tenho.

Não obstante, detesto perder com o Porto. Aliás, detesto que o Belenenses perca. Como detestei ver aplaudir o Rolando, embora não tenha para com ele a hostilidade que sinto relativamente ao sócio do Benfica.


Porque detesto perder, julgo que a minha análise ao jogo de ontem é exacta se disser que o Porto fez meia hora realmente notável no Restelo, e penso que teria ganho a qualquer equipa portuguesa. E, por isso, a derrota não significa que o Belenenses tenha jogado mal. Não vou dizer que jogou bem, porque houve falhas de marcação e pressão, porque faltou gaz na 2ª parte, porque ao problemas dos centrais acresce o facto de o nosso ataque-ataque (exceptuando os meio-atacantes) se reduzir a Marcelo. Este lutou quanto pôde e saiu extenuado aos 65m, facto evidente, que me leva a não perceber as críticas feitas a Jaime Pacheco pela sua substituição. Infelizmente (sem surpresa), Roncatto foi uma perfeita nulidade, mais parecendo um defesa da equipa adversária.

Resumindo, perdemos bem mas não jogámos mal e a equipa confirmou melhorias. Não estou descansado mas espero que ultrapassemos este sufoco. Já agora, e para terminar, os dois reforços que ontem se estrearam, Saulo e Ávalos, foram dos melhores entre os jogadores do Belém.